A dependência química é doença e é cada vez mais crescente o número de pessoas que são acometidas por ela. É o que acredita a Organização Mundial de Saúde. Por isso, a organização afirma que a dependência química é um problema de saúde pública que está presente tanto em países desenvolvidos quanto nos países subdesenvolvidos. Mas, por que a dependência química é considerada como doença?
A dependência química é doença por conter as seguintes características: se submete e responde a tratamento médico, ninguém deseja ser dependente químico e pode possuir carga genética hereditária. Além disso, a Organização Mundial de Saúde define dependência química como doença por ser crônica, progressiva e apresentar terminação fatal. Nas próximas linhas você verá como essas três características se configuram.
1.Dependência química uma doença crônica
A doença crônica é caracterizada por ser uma doença que não é tratada com pouco tempo. Geralmente, usa-se o tempo de 3 meses para definir se uma doença é crônica ou não. Assim, se uma doença possuir tratamento que dure mais de 3 meses, ela é considerada como doença crônica. Além disso, esse tipo de doença possui múltiplos fatores como causa. E é fundamental que se atente para essas causas a fim de oferecer um tratamento adequado.
Desta forma, a dependência química é doença crônica pois há um longo tratamento a ser percorrido. O dependente químico precisa se submeter a tratamento medicamento, psicológico, médico e em alguns casos, atividades alternativas também podem ajudar. Como a busca por uma religião, por exemplo, e oficinas em Centros de Atenção Psicossocial. E para todos esses tratamentos há uma longa demanda de tempo para a adaptação.
É importante ressaltar também que, como a dependência química é doença , suas causas precisam ser investigadas com bastante cuidado. Tendo sempre em mente, que o ser humano é alguém muito complexo, envolvido em diferentes realidades e contextos. Logo, ele precisa ser escutado e avaliado com compreensão e paciência para que assim ele consiga se submeter aos tratamentos. Ninguém consegue confiar sua saúde a alguém que só julga e critica.
2. Dependência química uma doença progressiva
A dependência química é doença porque o indivíduo já não consegue ter controle sobre o próprio uso. Geralmente, o consumo de substâncias psicoativas se inicia com um uso recreativo, para relaxar, se divertir, aumentar a concentração. Mas o que a grande maioria não se dá conta é que aos poucos essas substâncias entram no organismo e este sempre vai pedindo mais e mais.
Isso acontece porque essas substâncias alteram o Sistema de Recompensa Cerebral, que é responsável pelo aprendizado dos estímulos que o cérebro recebe. A dopamina que é um neurotransmissor responsável pela produção da sensação de prazer, entende que é preciso estimular o prazer no corpo humano.
Dessa forma, com as drogas presentes no cérebro, há um estímulo excessivo no comportamento humano. O que faz com que o organismo peça mais e mais drogas para sentir prazer, bem-estar, sensação de relaxamento. Sem intervenção medicamentosa, a dependência química poderá se tornar uma doença fatal.
3. Dependência química doença com terminação fatal
A dependência química é doença e sem o tratamento adequado pode levar o indivíduo à morte. Isso porque, o uso excessivo de substâncias psicoativas desencadeiam outras doenças e transtornos. Afinal, o vício em drogas destrói várias áreas da vida do sujeito, como as áreas emocional, psicológica, financeira, familiar, social. Com essas áreas prejudicadas, a motivação para o tratamento se torna cada vez mais escassa.
Por mais lamentável que possa ser, é bastante comum o dependente químico desencadear outros transtornos. No Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) há uma série de categorias que listam transtornos mentais derivados do uso de substâncias psicoativas. Além disso, o consumo excessivo de drogas afetam drasticamente o organismo do sujeito, levando à alterações no fluxo sanguíneo, no Sistema Nervoso Central e Periférico, no comportamento, entre outras áreas.
Por isso, é importante que o dependente químico assuma que a dependência química é doença para que ele possa buscar tratamento e se submeter a ele. Caso contrário, ele entrará num abismo sem fim de perdas significativas, incluindo a perda do interesse pela própria vida. Quando ele reconhece que precisa de tratamento, logo vai buscar ajuda e o pior pode ser evitado.
